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Puerpério e escapes de xixi: qual a relação?
10 meses atrás / 5 min de leitura
Você está passando pelo puerpério e tem sentido dificuldade de segurar a urina? Fique tranquila, isso é comum, porém, até certo ponto, na maioria das pesquisas a prevalência varia de 15 a 30% –, mas é, digamos, um efeito colateral decorrente, tanto do parto normal quanto da cesariana. Aprenda neste artigo por que o puerpério e os escapes de xixi estão associados, quais são os sintomas da incontinência urinária pós-parto e como tratá-la.
O que é puerpério?
O puerpério é o período de recuperação físico e emocional de uma mulher após o parto. Ele dura em média 45 dias, mas pode se estender além das seis semanas, principalmente em termos emocionais. Em termos físicos, o corpo precisa se recuperar de uma série de mudanças ocasionadas pelo parto, gestação e começo da amamentação. O útero que se expandiu consideravelmente começa a voltar ao tamanho normal. Esse processo de cicatrização provoca um sangramento vaginal denominado loquiação. A pressão no assoalho pélvico exercida pela gravidez e pelo parto também é capaz de levar à incontinência urinária, aquela sensação de urina solta e perdas involuntárias de xixi.
Causas dos escapes de xixi no puerpério
A incontinência urinária no pós-parto é multifatorial. Você deve informar ao seu ginecologista os sintomas e ele vai avaliar especificamente o seu caso. Conheça as principais causas dos escapes de xixi no puerpério:
Atrofia muscular pélvica
A atrofia muscular pélvica ou atrofia vaginal é muito comum na menopausa. O termo tem caído em desuso pelo tom estigmatizante e vem sendo substituído por síndrome urogenital. Na menopausa, as taxas de estrogênio caem significativamente, o que pode ocasionar secura vaginal e enfraquecimento do assoalho pélvico. No pós-parto, com a expulsão da placenta, que produz altos níveis de estrogênio, o corpo também experimenta essa baixa hormonal. No entanto, depois do parto, ao contrário da menopausa, os níveis vão retomando gradualmente ao nível normal. Por isso, nesses casos, a incontinência urinária é temporária.
Lesões nos músculos pélvicos durante o parto
Ainda não há um consenso na literatura médica sobre o impacto do parto vaginal nos casos de incontinência urinária. Algumas pesquisas sugerem que ele aumentaria as chances de desenvolver escapes de urina no pós-parto, porém outras ressaltam que há outros fatores envolvidos. Um trabalho de parto prolongado, o uso fórceps ou vácuo-extrator, o tamanho do feto e possíveis lesões durante o processo de expulsão do bebê podem influenciar. Todavia, tanto mulheres que passaram por cesarianas quanto pelos partos vaginais correm o risco de experimentar escapes de xixi no puerpério.
Pressão adicional sobre a bexiga
Independente da via de parto, a gravidez, por si só, já é um fator contribuinte para o desenvolvimento da incontinência urinária. A pressão exercida no assoalho pélvico pela barriga pode enfraquecer os músculos da região. Outros fatores como obesidade, tabagismo e doença pulmonar obstrutiva crônica também aumentam o risco. Controlar o ganho de peso durante a gestação é uma das estratégias de prevenção da incontinência urinária pós-parto.
Identificação dos Sintomas
O principal sintoma da incontinência urinária no pós-parto é a perda involuntária de urina. Esses escapes de xixi podem se apresentar com algumas variações e virem acompanhados de outros sintomas.
Vazamento de urina ao tossir, espirrar ou realizar atividades físicas
O tipo de incontinência urinária pós-parto mais comum é a incontinência de esforço. Nesses casos, as perdas involuntárias de xixi acontecem principalmente quando a mulher faz algum tipo de esforço: tossir, rir, pegar peso, realizar atividades físicas intensas.
Sensação de urgência miccional
Outro tipo de incontinência urinária que pode ocorrer no puerpério é a incontinência de urgência, caracterizada por necessidades súbitas de fazer xixi. Muitas vezes, não é possível chegar a tempo ao banheiro e as perdas involuntárias urina acontecem.
Desconforto ou dor na região pélvica
Dor, ardência ou desconforto na região pélvica são sintomas que podem acompanhar as perdas involuntárias de urina. Alguns pacientes também experimentam a sensação de não conseguir esvaziar completamente a bexiga depois de urinar. É essencial relatar todos esses sintomas ao médico.
Avaliação de outros fatores, como a presença de infecções urinárias
Se a dor e a ardência ao urinar acompanham os escapes de xixi, é um sinal de alerta para investigar outros problemas associados, como a presença de infecção urinária. Infecções da bexiga e dos rins tendem a causar vontade frequente de urinar e dor. Quando é inserido um cateter na bexiga para aliviar o acúmulo de urina durante e após o parto, o risco de desenvolver infecção urinária no puerpério é maior. Nesse caso, o tratamento pode envolver o uso de antibióticos.
Como lidar com os escapes de xixi durante o puerpério?
Na maioria das vezes, a incontinência urinária desaparece sozinha e o funcionamento da bexiga volta ao normal até seis meses depois do parto. Isso não significa, é claro, que você não deva comunicar os sintomas ao médico e usar estratégias para lidar com o desconforto. Confira como lidar com o escapes de xixi no puerpério:
Absorventes para incontinência
Ainda que a incontinência urinária no puerpério seja temporária, é preciso encontrar estratégias para amenizar o desconforto. Absorventes e roupas íntimas descartáveis são boas alternativas para que você se sinta mais segura. Especialmente no puerpério, as calcinhas descartáveis são a melhor opção, pois a cintura alta ajuda a acomodar o abdômen inchado e dolorido. Frequentemente, as mulheres no pós-parto sentem como se os “órgãos estivessem soltos”. Uma boa calcinha pós-parto descartável vai te oferecer mais conforto até que as coisas “voltem para o lugar”.
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Consulta com um profissional de saúde
Mesmo que a incontinência urinária no pós-parto seja um problema comum, você deve comunicar todos os sintomas ao seu ginecologista durante as consultas de acompanhamento do puerpério. Ele vai avaliar se há outros problemas associados e oferecer um diagnóstico preciso. Caso os escapes de xixi não se resolvam sozinhos nos próximos meses, o médico pode indicar medicamentos anticolinérgicos ou fisioterapia pélvica para tratar a incontinência urinária pós-parto.
Como prevenir a incontinência urinária pós-parto
Se você está na sua primeira ou segunda gravidez (e já teve incontinência urinária no primeiro puerpério), é possível pensar em algumas estratégias de prevenção para, ao menos, diminuir as chances de que os escapes xixi aconteçam no pós-parto. A primeira delas diz respeito à saúde como todo: parar de fumar, fazer exercícios físicos, cuidar da alimentação durante a gravidez e, sobretudo, controlar o ganho de peso, de forma saudável. A pressão do peso da barriga sobre o assoalho pélvico é um dos principais fatores de risco. Mulheres que passaram por gravidez múltipla, justamente por causa do peso maior da barriga, têm mais chances de desenvolver incontinência urinária no puerpério.
A segunda estratégia é começar a fortalecer o assoalho pélvico desde a gravidez. Os exercícios de Kegel são uma alternativa nesse sentido. Para realizar esses exercícios, é importante primeiro identificar os músculos corretos. Uma maneira de fazer isso é interromper o fluxo de urina durante a micção; os músculos utilizados nesse processo são os músculos do assoalho pélvico. Mas, atenção, não realize os exercícios durante a micção regular, eles podem causar problemas na bexiga. Uma vez identificados os músculos corretos, o paciente deve contrair a musculatura por 5 a 10 segundos. Em seguida, os músculos são relaxados igualmente de 5 a 10 segundos. Repetir esse ciclo de contração e relaxamento constitui uma sessão de exercícios de Kegel. Recomenda-se começar com menos repetições e aumentar gradualmente ao longo do tempo.
Mesmo que os escapes de xixi no puerpério desapareçam naturalmente, mulheres que engravidaram anteriormente têm maior probabilidade de voltar a ter incontinência urinária no futuro. Por isso, vale continuar com os cuidados e estratégias de prevenção.
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