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Perda de proteína na urina como tratar


Perda de proteína na urina como tratar

1 ano atrás / 6 min de leitura

Você fez um exame de urina e foi detectada a presença de proteínas na amostra? Este pode ser um sinal da proteinúria, a perda de proteína na urina. O principal sintoma é quando a urina se torna espumosa, mas, na maioria dos casos, a proteinúria é o sintoma de outra doença associada. Exercícios físicos intensos, desidratação e estresse emocional podem levar a uma perda temporária de proteína na urina, mas se ela for recorrente, o mais provável é que ela seja o sinal de alerta para uma condição médica subjacente. A proteinúria também pode acontecer na gravidez, por um aumento do trabalho dos rins, infecção urinária ou como um indicativo da pré-eclâmpsia. Entenda a seguir o que causa a perda de proteína na urina e como tratá-la. 

Importância da proteína na função corporal

As proteínas são macromoléculas complexas compostas por aminoácidos, e desempenham papéis fundamentais em inúmeras funções biológicas. Elas constituem os blocos de construção dos tecidos, incluindo músculos, pele, cabelo e órgãos internos. Além disso, as proteínas atuam como enzimas que catalisam reações químicas essenciais no corpo, auxiliam no transporte de substâncias como oxigênio e hormônios, e são componentes cruciais do sistema imunológico.

Impacto da proteinúria na saúde geral

A perda excessiva de proteína na urina é perigosa para a saúde e é capaz de levar a problemas significativos. A proteinúria pode ser um sinal de doenças renais, como a síndrome nefrótica, a glomerulonefrite e a doença renal diabética. Além disso, em casos graves, a proteinúria contribui para a desnutrição e o enfraquecimento do sistema imunológico, aumentando o risco de infecções e complicações relacionadas à função renal comprometida. 

Causas da Perda de Proteína na Urina

Como você já sabe, na maioria dos casos, a proteinúria é o sintoma de outra condição de saúde. Frequentemente, se trata de um distúrbio nos rins ou que afeta os rins. São eles os responsáveis por filtrar o que o corpo retém e o que ele elimina por meio da urina. Veja quais são as principais doenças que provocam a perda de proteína na urina. 

Doenças renais (nefropatias)

As doenças renais são uma das principais causas de proteinúria. Distúrbios renais, como glomerulonefrite, doença renal diabética, síndrome nefrótica e doença renal policística, podem afetar a capacidade dos rins de filtrar o sangue de maneira eficiente, resultando na perda de proteína na urina. Nestes casos, a proteinúria é muitas vezes um sinal de disfunção renal.

Condições sistêmicas (diabetes, hipertensão)

Condições sistêmicas, como diabetes mellitus e hipertensão arterial, podem causar danos aos vasos sanguíneos dos rins, prejudicando sua função de filtragem. A proteinúria é comum em pacientes com diabetes, sendo um indicador de nefropatia diabética, uma complicação grave da doença. Hipertensão não controlada também pode danificar os rins ao longo do tempo, levando à proteinúria.

Distúrbios autoimunes (lúpus eritematoso sistêmico)

Distúrbios autoimunes, como o lúpus eritematoso sistêmico (LES), podem afetar negativamente os rins, causando inflamação e dano aos glomérulos, as unidades de filtragem dos rins. A proteinúria é um dos sinais de envolvimento renal no LES e pode indicar a necessidade de um tratamento específico.

Outros fatores contribuintes

Além das condições mencionadas, fatores como infecção urinária, uso excessivo de medicamentos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), exposição a toxinas e traumas nos rins também podem contribuir para a proteinúria. Em alguns casos, a proteinúria é temporária e está relacionada a fatores como exercícios intensos, febre e estresse emocional. 

Diagnóstico da Proteinúria

O primeiro passo para o tratamento da proteinúria é o diagnóstico adequado feito por um profissional de saúde. O médico deve fazer uma avaliação da história clínica do paciente: doenças e cirurgias prévias, sobretudo doenças renais, assim como os sintomas atuais, entre eles a urina espumosa. Depois, provavelmente, é recomendado um exame laboratorial. 

A perda de proteína na urina pode ser detectada por exame EAS (o conhecido exame de urina): uma tira de papel com reagentes químicos é mergulhada na amostra e acusa a presença das proteínas. O médico também pode solicitar um exame de urina 24h, em que o paciente deve coletar as amostras durante todo dia. Ele é mais preciso na avaliação da função renal. A proteinúria é considerada persistente quando é observada em pelo menos duas amostras de urina dentro de um período de 30 dias. 

Abordagem de Tratamento

O questionamento natural, depois do diagnóstico, é se a perda de proteína na urina tem cura. Isso vai depender da causa da proteinúria. Se ela estiver relacionada, por exemplo, a doenças autoimunes, que não tem cura, o médico vai ter recursos apenas para controlar o problema. No entanto, há, sim, tratamento. Veja quais são as principais abordagens utilizadas.

Controle da doença subjacente

A abordagem primordial é tratar e controlar a doença subjacente que está causando a perda de proteína na urina. Isso pode envolver o tratamento de condições como diabetes, hipertensão, doenças renais crônicas, distúrbios autoimunes (como o lúpus) e outras doenças que afetam os rins. O controle eficaz da condição causadora do sintoma é essencial para reduzir ou interromper a progressão da proteinúria.

Modificações no estilo de vida

Uma mulher praticando yoga

Os médicos também costumam recomendar mudanças no estilo de vida para ajudar a gerenciar a proteinúria. Alguns estudos indicam que a substituição da proteína animal pela proteína de soja contribui na melhora da função renal. Recomenda-se também reduzir o consumo de sal (para controlar a pressão arterial), parar de fumar, controlar o peso e aumentar a atividade física. Certas pesquisas mostraram que a linhaça estaria entre os alimentos que ajudam a baixar o nível de proteína na urina, mas não foram suficientemente conclusivos. Não busque remédios caseiros para a perda de proteína na urina, siga as orientações do seu médico e conte com o acompanhamento de um nutricionista. 

Terapia medicamentosa

Em um primeiro momento, o médico pode indicar a reposição do valor protéico que está sendo perdido. No entanto, dependendo da causa subjacente da proteinúria, são prescritos medicamentos para controlar os sintomas e reduzir a perda de proteína na urina. Por exemplo, inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA) e bloqueadores dos receptores de angiotensina (BRA) são frequentemente utilizados para tratar a proteinúria em pacientes com diabetes e hipertensão. Além disso, outros medicamentos, como corticosteroides ou imunossupressores, podem ser usados em casos de doenças autoimunes.

Acompanhamento médico regular

O acompanhamento médico regular é fundamental para monitorar a proteinúria ao longo do tempo e avaliar a eficácia do tratamento. Isso envolve exames de sangue para verificar a função renal, análise de urina para medir a quantidade de proteína na urina e exames de imagem, como ultrassonografia ou tomografia computadorizada, para avaliar a saúde dos rins. Com base nos resultados desses exames, o médico pode fazer ajustes no tratamento, se necessário.

Impacto emocional da proteinúria

A perda de proteína na urina, quando associada a outra doença mais grave, é perigosa, pois pode evoluir para uma insuficiência renal. As doenças crônicas ligadas a esse sintoma, como as doenças autoimunes, frequentemente causam significativo impacto emocional: estresse, ansiedade, depressão e desafios psicossociais. A dependência de medicamentos e tratamentos constantes, além da preocupação com a progressão da doença, pode afetar a saúde mental e emocional dos pacientes. O apoio psicológico, o acompanhamento médico e a rede de apoio social desempenham um papel fundamental no enfrentamento dessas dificuldades emocionais e na melhoria da qualidade de vida. 

Perspectivas de melhoria da qualidade de vida com o tratamento adequado

Embora as doenças renais imponham diversos riscos à saúde, com o tratamento adequado e uma rotina saudável, é possível ter uma perspectiva de melhora da qualidade de vida. As doenças crônicas demandam uma vigilância constante e uma abordagem integrada no tratamento, com mudanças mais profundas no modo de cuidar da saúde do corpo e da mente. A diabetes, uma doença crônica, é uma das possíveis causas da perda de proteína na urina e é também um fator de risco para incontinência urinária. Pacientes diabéticos frequentemente relatam casos de incontinência urinária de urgência, causada por uma bexiga hiperativa. As necessidades súbitas e urgentes de ir ao banheiro podem deixá-los inseguros nas tarefas do dia a dia e no convívio social. 

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