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Como saber se estou na menopausa precoce?


Como saber se estou na menopausa precoce?

1 ano atrás / 6 min de leitura

A menopausa marca o fim do ciclo reprodutivo da mulher, determinado pelos períodos de ovulação e menstruação. Geralmente, isso acontece por volta dos 50 anos, embora os sintomas do que chamamos de perimenopausa já comecem antes dessa idade. Há casos, porém, em que o processo se antecipa. Trata-se da menopausa precoce. Você tem menos de 50 anos e está em dúvida sobre como saber se já está entrando na menopausa precoce? Descubra neste artigo quais são os sintomas e causas desse fenômeno. 

O que é menopausa precoce?

A menopausa precoce é o fim definitivo dos ciclos menstruais antes dos 40 anos de idade. Não há, contudo, uma idade exata em que ela se inicia. A partir dos 40, as mulheres podem naturalmente começar a ter os sintomas do climatério ou da perimenopausa, mas ainda se passam alguns anos até o encerramento de fato da vida fértil. Tecnicamente falando, a menopausa se caracteriza pela última menstruação e é confirmada, normalmente, após 12 meses sem o sangramento mensal. Se esse fenômeno ocorrer antes dos 40 anos, o diagnóstico é de menopausa precoce. No caso de quem passa pela menopausa aos 50, trata-se de um processo mais gradual, em que os níveis hormonais vão diminuindo e ficando irregulares aos poucos. Dependendo da causa da menopausa precoce, os sintomas podem ser mais ou menos presentes. 

Sinais e sintomas da menopausa precoce

Algumas mulheres simplesmente param de menstruar antes dos 40 anos e não apresentam nenhum outro sintoma associado ao climatério – que é a fase de transição para o fim da vida reprodutiva feminina. Outras passam pelas mesmas mudanças físicas mais comuns entre as mulheres  na faixa de 45 e 50 anos. Entre os sintomas da perimenopausa precoce estão as irregularidades menstruais, ondas de calor, mudanças de humor, problemas de sono, ressecamento vaginal e diminuição da libido. Entenda melhor como eles se apresentam. 

Irregularidades menstruais

As irregularidades menstruais, com ausência de menstruação, ciclos mais longos ou mais curtos do que o comum, em geral, são o primeiro sinal de que a mulher está entrando no climatério. No caso de uma mulher mais jovem, a ausência de menstruação pode ser logo associada a uma gravidez. É preciso fazer um teste para descartar essa alternativa. 

É comum se perguntar se na menopausa precoce a mulher pode engravidar. Sim, caso ela ainda esteja numa fase de irregularidade menstrual, com baixa dos hormônios reprodutivos, mas com liberação eventual de óvulos. Se a menopausa já tiver se consolidado de fato e a mulher não tenha tido mais nenhum ciclo menstrual, não será possível engravidar. Será preciso algum tipo de tratamento de fertilidade. Exames para os níveis de estrogênio e de hormônio folículo-estimulante terão de ser realizados para confirmar o caso.

Ondas de calor e suores noturnos

As famosas ondas de calor também são um sintoma presente nos casos de menopausa precoce. Os médicos chamam esse fenômeno de “fogachos”. Junto com o calor, costumam vir os suores noturnos, que são a forma do corpo tentar se resfriar. Ainda não se compreende bem qual seria a causa desses “calorões”. O que se sabe é que eles resultam de alterações no hipotálamo, a parte do cérebro que regula a temperatura corporal. 

Mudanças de humor e irritabilidade

As ondas de calor normalmente vêm acompanhadas de irritabilidade e mudanças de humor. No caso das mulheres mais jovens, essa irritabilidade pode facilmente ser associada também à fase da TPM (Tensão Pré-Menstrual), por isso é preciso uma avaliação geral do conjunto de sintomas. Segundo a pesquisa realizada pela Bigfral em parceria com o Instituto Datafolha, 55% das mulheres relatam esse tipo de instabilidade emocional durante o climatério. 

Problemas de sono

A dificuldade para dormir é outro ponto sensível no climatério, seja ele precoce ou não. Os calorões e suores noturnos geralmente contribuem nesse quadro. É importante observar a associação de sintomas, pois a insônia pode ter outras causas. Busque a avaliação de um médico. 

Ressecamento vaginal e diminuição da libido

A redução dos níveis de estrogênio, característica do climatério, pode causar ressecamento vaginal e diminuição da libido. O ressecamento pode facilitar inflamações e infecções na região genital, por isso é necessário buscar o tratamento adequado – lubrificantes ou hidratantes vaginais não hormonais são indicações frequentes. Essa falta de lubrificação também leva a desconfortos na relação sexual, o que em alguns casos está associado à queda da libido. Quando a menopausa acontece precocemente, em um momento de mais atividade sexual, esse sintoma pode ser especialmente sensível e difícil de lidar. 

Causas da menopausa precoce

Múltiplas condições podem levar à menopausa precoce. Já há comprovações de fatores de risco relacionados ao estilo de vida como, por exemplo, o tabagismo. Veja quais são as principais causas dessa condição. 

Fatores genéticos e histórico familiar

Se sua mãe ou irmãs tiverem menopausa precoce, as chances que o mesmo ocorra com você são maiores. Anomalias genéticas, inclusive nos cromossomos sexuais, também são capazes de antecipar o fim do ciclo reprodutivo. 

Tratamentos médicos e procedimentos cirúrgicos

A menopausa precoce causada por um tratamento médico ou cirurgia que prejudica ou retira os ovários é chamada de menopausa induzida. É o caso da ooforectomia bilateral, que remove os dois ovários. Na histerectomia, com a cirurgia de retirada do útero, a mulher deixa de menstruar, mas, como mantém os ovários, não entra propriamente na menopausa, pois a ovulação e os hormônios reprodutivos continuam em atividade. No entanto, a tendência é que essa atividade se encerre de dois a três anos antes do normal. 

A quimioterapia e a radioterapia também causam menopausa precoce, pois frequentemente danificam as células do sistema reprodutivo. A menopausa induzida costuma causar sintomas mais intensos, pois não há o período de transição do climatério. 

Doenças autoimunes e outras condições de saúde

As doenças autoimunes são caracterizadas pela produção anormal de anticorpos que atacam os tecidos e células saudáveis do corpo. Isso pode acontecer inclusive com as células reprodutivas e com os ovários, ocasionando uma entrada precoce na menopausa. Entre as doenças autoimunes estão o lúpus, a artrite reumatoide, o vitiligo, a esclerose múltipla, a tireoidite e a doença celíaca. 

Opções de tratamento e cuidados

A chegada precoce da menopausa na maioria das vezes causa um choque. É necessário ter paciência, cuidado e sensibilidade para se adaptar a essa nova realidade inesperada. Busque apoio não só médico, mas emocional. Se a mulher deseja, mas ainda não teve filhos, esse pode ser um processo ainda mais delicado. Contudo, há alternativas de tratamento, tanto para engravidar – como a fertilização in vitro utilizando os óvulos de uma doadora – quanto para lidar com os sintomas causados pela ausência dos hormônios reprodutivos. 

A deficiência de estrogênio aumenta os riscos de desenvolver osteoporose, além de causar os desconfortos mais imediatos já conhecidos: secura vaginal, baixa libido, incontinência urinária, mudanças de humor e outras dores da menopausa. Como a menopausa precoce leva a um período mais longo de sintomas indesejáveis, o mais provável é que o médico indique uma terapia de reposição hormonal. Atualmente, levando em conta as pesquisas mais recentes, a reposição mais recomendada combina estrogênio e progesterona. A administração do estrogênio isoladamente foi associada ao aumento do risco de câncer no endométrio. 

Procure ajuda médica para confirmar a menopausa precoce

Se você está experimentando alguns dos sintomas listados, deve estar se perguntando: qual seria o exame para saber se estou na menopausa precoce? Os exames mais comuns para este diagnóstico são os que fazem a medição dos níveis de estrogênio e de hormônio folículo-estimulante. No entanto, eles frequentemente precisam ser realizados várias vezes, por repetidas semanas para confirmar o quadro. Isso porque é possível que a mulher esteja apenas na perimenopausa precoce, quando os níveis hormonais flutuam muito, podendo ainda ocorrer uma ovulação esporádica. Sempre é feito também um exame de gravidez para descartar essa possibilidade – caso a mulher tenha uma vida sexual ativa. A confirmação de fato vem, geralmente, com a ausência da menstruação por seis meses ou mais. 

A menopausa precoce, embora seja um assunto sensível, não precisa ser um tabu.  A Bigfral criou o movimento Juntas e Seguras com a missão de ajudar mulheres a falar de forma aberta e descomplicada sobre a menopausa e o amadurecimento feminino. Com mais informação e diálogo aberto, contribuímos para a formação de um ambiente mais acolhedor em que as mulheres não se sintam isoladas ou estigmatizadas. No nosso site você vai encontrar diversos conteúdos exclusivos para te apoiar nessa jornada, não importa qual seja a sua idade. 

Antes ou depois dos 40 anos, a menopausa é um dos fatores que aumenta a ocorrência de incontinência urinária entre as mulheres. A musculatura da bexiga fica excessivamente ativa ou irritada, levando a necessidades urgentes e súbitas de ir ao banheiro e à perda involuntária de urina – os chamados “escapes”. Mas você não precisa deixar de viver plena e ativamente por isso. 

A BigFral tem uma linha completa de absorventes, fraldas e roupas íntimas que te auxiliam a lidar com a incontinência urinária de forma natural e confortável. Conheça todas as opções aqui. Vamos juntas e seguras!

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