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Como saber se estou na menopausa?


Como saber se estou na menopausa?

1 ano atrás / 7 min de leitura

Os ciclos de oscilação hormonal marcam a vida das mulheres, desde a menarca (a primeira menstruação). A chegada da menopausa é mais uma dessas mudanças, dessa vez finalizando o ciclo reprodutivo do corpo. Este é um momento que traz muitas dúvidas, ansiedades, transformações físicas e psicológicas. A menopausa, porém, não acontece do dia para noite, trata-se de um processo. Então, como saber se estou entrando na menopausa? Vamos entender melhor neste artigo como identificar os sintomas e o que a menopausa causa no corpo da mulher.

O que é menopausa?

A menopausa é o nome atribuído ao último ciclo menstrual da mulher, iniciando-se o período não reprodutivo do corpo, em que ela não poderá mais gerar um filho de forma natural. A fase de transição entre o período reprodutivo e o não reprodutivo é chamada de climatério e é composto da pré-menopausa, da menopausa e da pós-menopausa. 

Na pré-menopausa ocorre um intenso desequilíbrio dos hormônios, devido à diminuição da produção ovariana. Nesse momento, já costumam aparecer os sintomas típicos do climatério como ondas de calor, a irregularidade da menstruação, o ressecamento vaginal, entre outros. Considera-se que a mulher entrou na menopausa efetivamente quando se completam 12 meses sem a menstruação.

Importância de identificar os sinais da menopausa

É importante identificar os primeiros sinais dessa fase de transição a fim de determinar as melhores medidas para diminuir os desconfortos causados pela menopausa. Os estigmas relacionados a este momento que, muitas vezes, é considerado um declínio da mulher podem impedir um diálogo aberto e acolhedor sobre o assunto. Esta, no entanto, é só mais uma fase de mudanças naturais da vida, que traz seus desafios, é claro. Eles, contudo, devem ser enfrentados com informação, consciência e orientação médica adequada. 

Sinais e sintomas da menopausa

O início do período de transição do ciclo reprodutivo pode acontecer a partir dos 40 anos – antes disso trata-se de menopausa precoce. Os sintomas da diminuição de produção de estrogênio geralmente começam por volta dos 45 anos e a última menstruação costuma ocorrer dos 50 aos 52 anos. O período pós-menopausa se estende até mais ou menos os 65 anos. Vamos entender melhor quais são os principais sintomas que marcam a menopausa e o período anterior, de pré-menopausa. 

Irregularidade no ciclo menstrual

A irregularidade da menstruação é um dos primeiros sintomas de que a fase de transição está começando. A produção de estrogênio e progesterona se torna mais inconstante, provocando ciclos mais longos, outros mais curtos, atrasos menstruais ou até mesmo sangramentos uterinos disfuncionais. Neste último caso, é fundamental ter um acompanhamento profissional de perto, pois longos períodos de sangramento excessivo podem causar anemia ou outros transtornos, como a hiperplasia do endométrio, possível precursora de casos de câncer do endométrio. As mudanças no ciclo menstrual duram em média de quatro a oito anos antes de a menstruação parar de vez. Nesse período, as mulheres ainda podem engravidar, embora as chances sejam menores.

Transpiração excessiva

As famosas “ondas de calor” são muito comuns no climatério, causando um aumento da transpiração. Os médicos chamam esse sintoma de “fogachos”, mas ainda não se compreende bem qual seria a causa desses “calorões”. O que se sabe é que eles resultam de alterações no hipotálamo, a parte do cérebro que regula a temperatura corporal. 

O suor excessivo é a forma que o corpo encontra para se resfriar e, por isso, depois do calorão, podem ocorrer calafrios. Mulheres que fizeram uma cirurgia de remoção dos ovários, induzindo a menopausa, frequentemente têm fogachos intensos que começam logo após o procedimento e duram mais tempo do que em mulheres que chegaram à menopausa naturalmente. A maioria passa pelas ondas de calor durante três a cinco anos até que esse sintoma comece a diminuir.

Dificuldade em manter o sono

As ondas de calor também estão relacionadas às dificuldades na hora de dormir. Os suores noturnos interrompem o ciclo do sono e podem causar muita irritabilidade. Ainda que não tenham suores noturnos, as mulheres podem enfrentar problemas de sono na pré-menopausa. Antes, contudo, de buscar alternativas medicamentosas para lidar com a insônia, vale consultar um médico para se certificar de que ela não possui também outras causas, como anomalias na tireoide, alergias, anemia, pernas inquietas, depressão ou apneia do sono. 

Mudanças de humor repentinas

Os ciclos menstruais, que ocupam boa parte da vida das mulheres, trazem consigo o desafio das oscilações de humor – a TPM (Tensão Pré-Menstrual) é um desses períodos sensíveis. Na transição para a menopausa, todavia, essas oscilações são mais imprevisíveis e não obedecem àquela regularidade conhecida no ciclo menstrual. As ondas de calor e a falta de sono de qualidade também causam maior irritabilidade. Falta de energia, depressão e ansiedade também podem se apresentar como distúrbios psicológicos característicos dessa fase. 

De acordo com os dados da Sociedade Norte-Americana de Menopausa, 43% das mulheres reclamam da falta de energia durante a transição da menopausa e dois anos após a parada efetiva da menstruação. As oscilações de humor são comuns nesse momento, mas a depressão e a ansiedade são  transtornos psíquicos que precisam de cuidado, atenção e tratamento profissional. Eles também podem estar entrelaçados a outras dificuldades dessa idade, como mudanças profissionais, no casamento e na relação com os filhos. Busque apoio e converse com pessoas de confiança sobre o que você está passando. 

Aumento da frequência urinária

Com a aproximação da menopausa, as mulheres podem experimentar um aumento da frequência urinária, ocasionada pelo o que os médicos chamam de bexiga hiperativa. A musculatura da bexiga fica excessivamente ativa ou irritada, levando a necessidades urgentes e súbitas de ir ao banheiro e à perda involuntária de urina – os chamados “escapes”. A incontinência urinária também pode ocorrer por conta da falta de estrogênio, causando o afinamento do tecido da uretra e o enfraquecimento dos músculos pélvicos. 

Segundo a >Sociedade Norte-Americana de Menopausa, 50% das mulheres de meia-idade sofrem de incontinência urinária, mas menos da metade procura ajuda médica. Isso acontece, muitas vezes, por vergonha ou por achar que o problema não tem solução. BigFral acredita que você não precisa passar por esse momento com constrangimento, desinformação e recorrendo a métodos ineficientes. Por isso criamos uma linha completa de roupas íntimas descartáveis que auxiliam a lidar com os escapes que acontecem nessa fase. A roupa íntima é descartável, no estilo calcinha, te proporciona liberdade e segurança para continuar suas atividades do dia a dia normalmente, sem medo e sem vergonha. Conheça todas as opções >aqui

E se você quer se informar mais sobre a incontinência urinária na menopausa, acesse o >Guia Médico produzido pela BigFral em parceria com Associação Brasileira Pela Continência B.C. Stuart. Mas lembre-se, ele não substitui a consulta com um médico especialista.

Exames e testes para confirmar a menopausa

A menopausa de fato, com o fim da capacidade reprodutiva, costuma ser efetivada depois de um ano sem os ciclos menstruais. Entretanto, alguns exames podem ser feitos para acompanhar o encerramento da fase fértil da mulher. Não há um único teste simples para confirmar a menopausa, porque durante a pré-menopausa os níveis hormonais oscilam muito. Uma taxa hormonal que hoje pode estar baixíssima, amanhã é capaz de voltar a se elevar. Uma única medição não leva a um resultado preciso.

Esses exames ajudam, sobretudo, a acompanhar mais de perto a saúde e os sintomas pelos quais a mulher passa na transição, além de serem fundamentais para determinar o melhor curso de tratamento dos desconfortos e alterações de corpo e mente. 

Exame de sangue para medir os níveis hormonais

O médico pode solicitar exames de sangue para medir os níveis de LH (Hormônio Luteinizante), responsável pela ovulação e produção de progesterona. A elevação do LH é um dos indicadores clínicos da aproximação da menopausa. As taxas de cortisol também podem ser medidas para avaliar se o eventual aumento do seu índice é um indicativo da menopausa ou de outros problemas de saúde. 

Teste de FSH (hormônio folículo-estimulante)

O FSH é o Hormônio Folículo-Estimulante, que tem como principal papel estimular a maturação dos óvulos no período fértil. Altos níveis de FSH indicam a diminuição da função dos ovários e, consequentemente, da fertilidade. Quando o nível de FSH no sangue da paciente é consistentemente alto, ou seja, igual ou maior do que 30 mUI/mL, e ao mesmo tempo houve ausência da menstruação durante um ano, normalmente se determina que esta mulher chegou na menopausa.

Avaliação dos sintomas e histórico médico

O acompanhamento e a confirmação da menopausa devem ser feitos de forma integrada, avaliando os sintomas e o histórico da paciente. Cada mulher vai viver esse momento de forma diferente – para algumas os sintomas físicos serão mais agudos, para outras, os distúrbios psicológicos serão mais evidentes. Porém, no caso da menopausa, essas dimensões costumam estar bastante entrelaçadas. Além da investigação do histórico de outras doenças que podem interferir no tratamento escolhido por médico e paciente, deve se considerar um apoio terapêutico para auxiliar na transição para essa nova fase da vida. 

Importância da avaliação médica para confirmar a menopausa

A avaliação médica determinará qual é o melhor curso de ação para lidar com as mudanças da menopausa. Em alguns casos, a reposição hormonal poderá ser indicada. Esse tipo de tratamento, que já foi muito controverso no início (pelos riscos e efeitos colaterais adversos) vem avançando muito nos últimos anos. Ainda assim, continuam existindo contraindicações. Geralmente, ela não é indicada para mulheres que tiveram câncer de mama ou endométrio e nos casos de histórico de tromboembolismo venoso ou arterial. O médico poderá indicar um esquema cíclico de reposição, com uso continuado de estrogênio e progesterona apenas alguns dias do mês. Uma pesquisa publicada pela >Revista The Lancet em 2019 mostrou que a reposição contínua de estrogênio e progesterona pode aumentar os riscos de câncer de mama, por isso tem sido dada a preferência aos sistemas cíclicos de reposição. 

A medicina segue avançando para aprimorar as formas de tratamento dos sintomas da menopausa. Entretanto, é preciso também criar espaços de diálogo seguros a fim de que as mulheres possam se informar e encontrar acolhimento para enfrentar as mudanças que chegam nessa época. Na missão de ampliar e fortalecer esses espaços de conexão, a BigFral criou o movimento >Juntas e Seguras. Nosso objetivo é ajudar mulheres a falar de forma aberta e descomplicada sobre a menopausa e o amadurecimento feminino. 

Desejamos promover a troca de experiências para ampliar as perspectivas sobre o assunto, além de educar, por meio de conversas com especialistas e de conhecimento prático para vivenciar melhor o processo. Com mais informação e diálogo aberto, contribuímos para a formação de um ambiente mais acolhedor em que as mulheres não se sintam isoladas ou estigmatizadas. No nosso site você vai encontrar diversos conteúdos exclusivos para te apoiar nessa jornada. Juntas, vamos renovar conceitos, desmistificar tabus e quebrar os paradigmas que associam a menopausa ao fim da vida. 

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