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Como identificar o climatério e a menopausa
2 anos atrás / 9 min de leitura
Há uma grande dúvida ao falar da saúde da mulher após os 40 anos: como identificar o climatério e a menopausa? Pois bem, diferente do que muitos pensam, climatério e menopausa não são expressões com sentido semelhantes. Um refere-se a fase de transição do período reprodutivo para o não reprodutivo, já o outro trata-se do fim do ciclo menstrual, respectivamente.
Depois de uma certa idade, a maioria das mulheres percebem mudanças que afetam seu fluxo menstrual, seja se tornando irregular ou alterando a intensidade. Já que a menopausa é iminente, essa é certamente uma das primeiras suposições para as mulheres com mais de 40 anos, no entanto, há uma grande incerteza sobre como exatamente se pode identificar o climatério.
Em nosso artigo, vamos explicar como é possível reconhecer os primeiros sinais do climatério, os sintomas, como acontece, enfim, à fase da menopausa. Você também pode ler sobre quando e como uma visita ao ginecologista pode apoiá-la nesta nova fase da vida. Confira!
Diferenças entre Climatério e menopausa
Até chegar à menopausa, existem diversas fases. Começa no climatério, que leva justamente esse nome porque a mudança hormonal no corpo não acontece de um ciclo para o outro, mas leva vários anos. Ocorre de forma diferente de mulher para mulher, seja os sintomas, como cada uma lida com isso, ou tempo até o último período menstrual (menopausa).
O número de óvulos no corpo de uma mulher já está fixado desde o nascimento e, portanto, é limitado. À medida que o número diminui, a ovulação torna-se menos frequente ao longo do tempo. Isso é responsável pela liberação de progesterona no útero. Na primeira fase do climatério, a concentração desse hormônio diminui. A longo prazo, isso também leva à liberação de menos estrogênio, o que desempenha um papel importante no amadurecimento do óvulo. E a última menstruação significa que o estoque de óvulos acabou.
Em média, as mulheres têm seu último ciclo menstrual por volta dos 52 anos de idade. As primeiras alterações hormonais começam, na maioria das vezes, por volta dos 40 anos, mas geralmente sem outros sinais. Algumas mulheres só apresentam os sintomas clássicos quando a frequência do sangramento menstrual muda. Essa fase alta geralmente começa cerca de dois anos antes do final do ciclo.
Fases do climatério
O início e a duração da menopausa variam muito de mulher para mulher, mas cerca de metade das mulheres têm seu último período menstrual aos 52 anos. As transições entre as fases são fluidas e muito variáveis e imprevisíveis. Há mulheres que têm um ciclo regular até o último período menstrual. Para outras, o tempo da menopausa pode ocorrer com a ausência de sangramento menstrual na estação sem sol, e para outras, um ritmo de 3-4 meses pode se estabelecer ao longo de vários anos.
Perimenopausa
A perimenopausa é pouco comentada, já que ela dá espaço para a famosa menopausa, mas a informação é muito importante, a Perimenopausa é a transição do corpo (“peri” vem do grego “ em torno de”), muitos confundem a perimenopausa com a menopausa de fato, por causa do último sangramento , mas vamos detalhar para você saber diferenciar ambas.
A perimenopausa pode ter uma duração variável, mas podendo durar de meses até anos, geralmente tendo uma média entre 3 á 6 anos. Durante essa transição os níveis hormonais oscilam e logo após declinam, dando espaço para novas mudanças no corpo, metabolismo e entre outros, além de trazer novas sensações para as mulheres e novos sintomas gerais. Todas as experiências nesse momento de vida são completamente variáveis de pessoa para pessoa.
Menopausa
A menopausa é uma fase normal na vida de toda mulher, quando acaba a possibilidade de engravidar de forma natural. Está associado a flutuações hormonais e, finalmente, a uma queda em certos hormônios. Também não é previsível para o ginecologista saber em que medida a mulher terá sintomas. Um terço delas não tem nenhuma queixa, outro terço tem apenas queixas leves que não incomodam, e apenas o último terço das mulheres manifestam sintomas que fazem o tratamento médico valer a pena.
Histórico familiar de menopausa precoce
Devemos ter em mente que a menopausa precoce ocorre quando esse quadro clínico se apresenta na vida da mulher antes dos 32 anos de idade, em outras palavras, período da vida onde a mulher fica um ano ou mais sem menstruar. Muitos estudos indicam que: “a menopausa precoce não é um distúrbio hormonal, mas a falência ovariana em uma mulher jovem”, FOP é a perda temporária ou definitiva da função gonadal de produzir hormônios.
A menopausa precoce pode ocorrer por diversos motivos, e um dos principais é a partir do histórico familiar. Para restar poucas dúvidas, ela não está diretamente relacionada à época da primeira menstruação, e sim, geralmente, quando a mãe e irmãs da paciente entraram na menopausa. Há trabalhos científicos que mostram interligação das idades da mãe com a da filha, porém esta não é a regra para uma FOP.
Tabagismo
O tabagismo é um dos principais inimigos da saúde mundial, e devemos destacar a má influência na vida das mulheres, pois o tabaco avança à menopausa, podendo antecipar em até cinco anos essa condição. Segundo a doutora Jacqueline Scholz “As mulheres que fumam acabam perdendo essa proteção natural; ao antecipar a menopausa, as mulheres, então, antecipam o risco cardiovascular”. O tabagismo interfere e influencia negativamente na quantidade de estrógeno, isso por conta da nicotina e monóxido de carbono presentes no cigarro. Sempre, a melhor opção será não fumar.
Histerectomia
A Histerectomia é a cirurgia de retirada de útero realizada por um ginecologista. Diversos motivos podem levar a mulher a optar por esse procedimento, como mioma, câncer e outros problemas de saúde. Também é uma opção de medida preventiva contra tais doenças. Mas a retirada do útero com a prevenção dos ovários não causa a menopausa.
Tratamento de câncer
Os tratamentos de câncer são todos variáveis de acordo com o caso, mas uma informação é fato, alguns tratamentos podem induzir sintomas de menopausa em pacientes, nesse caso, basta informar seu médico, pois há tratamento adequado.
Principais sintomas do climatério
O climatério é o período de transição em que a mulher passa da fase reprodutiva para a fase não reprodutiva, muitas vezes conhecida como “pós-menopausa”, por ser uma fase hormonal importante há diversos sintomas como:
- Ondas de calor repentinas;
- Diminuição do apetite sexual;
- Tonturas e palpitações;
- Insônia e má qualidade de sono;
- Suores noturnos;
- Coceira e secura vaginal;
- Desconforto durante as relações sexuais.
Confira a seguir os principais e mais comuns sintomas do climatério:
Irregularidades no ciclo menstrual
O ciclo menstrual irregular pode ser uma realidade na vida de muitas mulheres, mas durante o climatério o fluxo menstrual pode se mostrar mais variável, podendo aumentar ou diminuir. Também pode ocorrer a mudança no tempo do ciclo, sendo mais longos ou mais curtos, ou a ausência total.
Fogachos e climatério
Um dos sintomas mais comuns do climatério é o famoso “carolão”. Não se sabe a real causa dessa sensação prá lá de intensa, mas pode apresentar variações de duração, frequência e intensidade, tal calor pode ser seguido de calafrios e suores noturnos.
Dificuldades para dormir
Infelizmente, a dificuldade para dormir se torna real durante o climatério, há diversas causas, mas a principal são os suores noturnos.
Alterações no humor
Como essa condição mexe diretamente com os hormônios, nosso humor não pode ficar de fora, é muito comum mulheres no estado de climatério relatarem oscilações no humor, como ansiedade, desânimo, vontade de chorar, falta de coragem e até ataques de pânico. As alterações também podem ser consequência das noites mal dormidas.
Secura vaginal
Causado pela queda nos níveis de estrogênio, a pouca lubrificação se faz presente podendo causar desconforto e dores nas mulheres durante as relações. Além disso, o pouco hormônio pode deixar a mulher mais vulnerável para infecções vaginais e urinárias, e a perda dessa lubrificação e elasticidade na parede vaginal pode contribuir para a incontinência urinária.
Diminuição da fertilidade
Com a irregularidade da ovulação, a fertilidade da mulher diminui de maneira drástica, mas calma, enquanto existir ciclos menstruais existe a possibilidade de gravidez. Então se é o seu caso, e você não deseja correr o risco, é preciso prevenir a gestação até que a menstruação não aconteça por um ano.
Alterações na libido
Percebemos que o hormônio é importante para muitos fatores na nossa vida, sabemos que assim como as alterações no desejo sexual, a libido também sofre mudanças durante a fase do climatério. Mas se sua vida íntima era satisfatória antes do climatério, não haveria grandes mudanças.
Perda de massa óssea
Com o pouco estrogênio no organismo, ocorre a perda da massa óssea, aumentando os riscos de osteoporose e demais doenças que fragilizam os ossos e facilitam fraturas.
Alterações em taxa de colesterol
A mulher que está no climatério passa por diversas mudanças no corpo, tanto por fora quanto por dentro, a diminuição de estrogênio afeta diretamente várias questões, além disso, também provoca o aumento das taxas de colesterol no sangue, principalmente o temido LDL, conhecido como colesterol ruim. Todos esses fatores podem aumentar os riscos de doenças cardiovasculares como o infarto, por isso, é importante o cuidado redobrado nesse momento da vida.
Tratamentos não-medicamentosos para o climatério
Devemos destacar que o Climatério é uma fase completamente natural do amadurecimento e envelhecimento da mulher. Sabendo disso, uma ótima opção é escolher um estilo de vida saudável para prevenir e evitar seus diversos sintomas, mas caso ocorra, saibam que há diversos tratamentos, tanto com medicamentos quanto aqueles não-medicamentosos, confira como isso pode ser feito:
Alivie o desconforto vaginal
O principal motivo do desconforto vaginal vem da secura durante o climatério, por isso, para aliviar o desconforto é indicado a utilização de lubrificantes apropriados durante as relações sexuais. Dessa forma, ao manter a vida sexual ativa, a mulher tem uma melhora relativa no fluxo e durante o tempo não haverá mais desconforto.
Mantenha uma dieta saudável
Os riscos de doenças crescem durante esse período, principalmente doenças cardiovasculares e osteoporose, por isso, é preciso manter a alimentação saudável, adotar uma dieta rica em fibras, cálcio, vegetais, frutas e diminuir a ingestão de gorduras.
Além disso, é fundamental descartar o tabagismo, a cafeína excessiva e o abuso de bebidas alcoólicas.
Pratique exercícios físicos
A prática de exercícios físicos é importante em todas as fases da vida, e não seria diferente com a fase do climatério, a prática ajuda na prevenção do ganho de peso, melhora a qualidade do sono, humor e densidade óssea. É recomendado que as atividades sejam feitas por, no mínimo, trinta minutos diários, e o ideal é que seja acompanhada por um profissional que conheça seu caso.
Realize acompanhamento médico
Por ser uma fase natural, o climatério não tem cura, por isso, para aliviar os sintomas e manter uma ótima qualidade de vida, o ideal é realizar acompanhamento médico, adotando sempre medidas de tratamento que facilitam essa fase de transição. O acompanhamento médico ajuda a prevenir doenças, condições, distúrbios metabólicos, problemas cardiovasculares e diversos imprevistos.
Doenças comuns durante o climatério
Durante essa fase de transição, a mulher passa por diversas mudanças em seu corpo, tanto fisicamente quanto de forma hormonal, entre elas, a diminuição de níveis de estrogênio que pode tornar outras doenças mais acessíveis nesta fase, confira:
Disfunções do trato urinário
Em relação à idade temos os problemas relacionados ao trato urinário, que, com o processo de envelhecimento, podem ser desenvolvidos mais facilmente.
Com o passar dos anos, o organismo perde a força muscular (principalmente da musculatura pélvica) e isso pode ser causado pelo parto normal, e diversas outras questões, afetando diretamente o controle da urina.
As disfunções do trato urinário podem gerar grande impacto na rotina da mulher (assim como a incontinência), afetando a vida social, comprometendo atividades diárias e o convívio social. Mas há tratamento adequado para cada caso, busque um especialista!
Mas para lidar com essa questão no dia a dia é importante contar com produtos de qualidade e que vão fazer com que você se sinta segura e protegida. Como é o caso da BigFral, que possui um portfólio completo de absorventes, roupas íntimas descartáveis e lenços umedecidos que irão proporcionar uma pele seca e uma vida muitas mais prática e sem limitações.
Atrofia das mucosas genitais
Causado pelo baixo nível de estrogênio, a mulher também sofre alterações em sua saúde íntima. Isso acontece porque apresentam um certo grau de estreitamento, perda da lubrificação e fragilidade do tecido vaginal, causando impacto principalmente na vida sexual.
Mudanças endócrinas
Assim como o colesterol, a queda de produção de hormônio associado a outros fatores como ganho de peso, e maus hábitos, pode favorecer o quadro de doenças endócrinas, como diabetes e hipertensão.
Depressão
A correlação entre a depressão e o climatério não é claro, alguns especialistas apontam que os distúrbios depressivos antecedem essa fase, e tendem a reduzir no final do climatério. outros indicam que a menopausa pode aumentar as taxas de depressão, com o avanço da idade e impacto na vida da mulher. Todos os fatores podem afetar a vida emocional, por isso, o ideal é a ajuda de psicólogos nesse momento da vida.
Climatério: a fase da vida
Estamos cientes de que essa fase é totalmente natural da vida da mulher, irá acontecer com todas que possuem útero, e sabendo disso devemos nos cuidar para que possamos passar por ela da melhor forma, cuidar da saúde é indispensável e nesse texto descobrimos outras diversas vertentes sobre o assunto, coloque em prática e saiba que você não está passando por isso sozinha, apoie outras mulheres e acima de tudo, se ame!